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SACRIFÍCIO DE LOUVOR

[ segunda-feira, 5 de outubro de 2009 | 6 comentários ]

Introdução

Gostaria de compartilhar um artigo de alguns anos atrás com vocês, uma mensagem que temos em áudio com titulo de “Metamorfose”, o Sacrifício da Transformação. Um artigo que é parte de um estudo sobre "Louvor e Adoração" e que pode cooperar para compreendermos um pouco melhor o que procuramos expressar com a canção “Sacrifício Vivo”, que está publicada logo abaixo.

Todos nós como “Igreja” estamos sendo desafiados pelo Espírito a voltarmos nossos olhos aos princípios elementares do Reino, aos valores que serão determinantes para um avanço estável e o mais relevante de todos os tempos, estamos sendo desafiados a revermos nossos valores e até mesmo nossos conceitos, a colocarmos a prova a fé de “censo comum”, a devoção habitual recebida por uma herança cultural, para voltarmo-nos as verdades profundas e práticas do evangelho do Reino. O que procuraremos abordar nesse artigo é um convite a compreendermos o que pode significar de forma prática e integral esse termo “sacrifício de louvor”, uma expressão muito usada, o que não significa que seja muito entendida, uma vez que, somos condicionados a dizer e até mesmo fazer coisas que não entendemos.

Não estamos falando de remover marcos, mas estamos falando de voltarmos nossos olhos as escrituras desprovidos de conceitos previamente estabelecidos, para que deixemos ser ministrados por essa palavra que pode ser viva e eficaz para nos rasgar ao meio (hebreus 4.12), revelando-nos verdades ainda não observadas devido a nossa limitação humana de compreensão.

O Sacrifício da Transformação
Romanos 12:1 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.

Um dos textos do Novo Testamento mais relevantes com relação a essa questão é Romanos 12, associando o oferecer-se como sacrifício a uma realidade de transformação integral. Não é novidade para ninguém estarmos vivendo dias de restauração, dias em que nossa disposição em obedecer será provada constantemente, tempo em que verdadeiramente o “amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excederá a todos os holocaustos e sacrifícios” (Marcos 12:33).

Quando pensamos em restauração, falamos de uma transformação que parte da constatação da necessidade de uma melhora dentro de um processo contínuo de aperfeiçoamento. Contudo, essa descoberta pessoal não pode limitar-se ao lamentar a condição indesejável que vivemos, tornando-nos fatalistas, mas promover um posicionamento visando a condição que queremos alcançar, sempre avançando com direção e propósito, perseguindo perseverantemente um alvo, entendendo que Deus não nos ama por aquilo que espera que sejamos, mas sim pelo que somos, nós contudo, por amor a Ele desejamos todos dias nos tornar filhos e filhas melhores, aperfeiçoados para alcançarmos a sua imagem, e nos tornarmos assim o que espera que sejamos, como diz Efésios 5.1 “Tornai-vos, pois, imitadores de Deus. Como filhos amados, e andai em amor, assim como Cristo também vos amou e se entregou por nós a Deus, como oferta e sacrifício de odor suave”. (Versão Bíblia de Jerusalém)

Quando falamos sobre transformação e mudança, lembro-me dos meses de julho de 2005 a fevereiro de 2006, devido a uma série de fatores, passei por três residências, do bairro da Água Verde para o Boqueirão, depois do Boqueirão para o Cabral. Paralelamente mudamos também a Base da Missão. Enfim, essa é uma situação que evitamos, pelo sacrifício e desgaste, mas quando se faz necessária deve ser feita. Creio que essas mudanças foram, de alguma maneira, um reflexo de algo que estava acontecendo em nossa vida espiritual e ministerial, representando o início de um tempo de transformações. Algo que ouvimos ultimamente é que não experimentamos “transformar” sem antes “transtornar”. Será que estamos dispostos a isso?

A questão inicial é: Até que ponto estamos dispostos a mudar? Pois vivemos dentro de uma cultura de muita verbalização, mas nenhuma ação concreta de transformação e mudança de direção. Há quanto tempo lamentamos o fato de sermos os mesmos? Caindo os mesmos erros? Vivendo o mesmo ciclo de frustração, culpa e superficialidade? A verdade é que mudanças assustam e sempre temos um plano de escape para evitarmos que aconteça, e só são aceitas depois de muita resistência. Isso explica o que ouvi certa vez: “Depois de muitos anos de fé evangélica, agora decidi que vou começar a procurar praticar aquilo que ouço nos sermões”. Quando ouvi isso, me assustei, pois percebi que aquele homem tinha o perfil da maioria das pessoas que freqüentam um templo evangélico.

O que quero dizer com essas primeiras palavras é que se queremos experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para nossas vidas, se queremos nos converter ao seu propósito, temos que estar preparados para um tempo de muitas mudanças que certamente trarão muitas implicações, que certamente nos custarão algo. Talvez a partir de agora comecemos a entender melhor a relação que há entre sacrifício e transformação.

Sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.
Temos entendido o Espírito nos ministrando valores e princípios dentro de uma perspectiva bíblica e não cultural, levando-nos além de uma interpretação pré-concebida, porém, entendemos que não podemos transicionar a igreja para um tempo de mudanças apenas dentro de uma perspectiva cultual tradicional, no sentido cerimonial, pois entendemos que mudar a forma do culto não trará uma nova perspectiva de Reino, mas aperfeiçoar santos sim, uma nova liturgia não trará um maior engajamento aos valores do Reino, mas cristãos transformados sim. Por isso cremos na relevância desse texto de Romanos 12, pois nos fala de “Sacrifício, transformação e culto”.

Tempo de mudanças nos custará algo, a transformação da nossa mentalidade de culto, serviço, submissão e obediência. Romanos 12.1 diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimente qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Apresenteis os vossos corpos
Uma realidade Integral

Primeiramente, nesse “Sacrifício” o que é oferecido é nosso “Corpo” (Swmata – Plural) não no sentido de forma ou figura física, mas seguindo uma linguagem paulina, nosso “homem integral” ou pessoa total é apresentado, diante Dele, no sentido de oferta, como um sacrifício (thysian).
Precisamos entender que o contexto fala de vivermos de forma prática os desafios do padrão de Cristo, agora é a vida integral que deve ser oferecida como verdadeiro sacrifício agradável e não apenas o “ritual isolado da vida”, trata-se de um “aspecto moral e não meramente cerimonial”. Além disso, poderíamos dizer não tratar-se mais de uma linguagem de sacrifício de sangue e morte física, mas de serviço incondicional em amor confirmando nossa identificação com Cristo. Paulo em Filipenses 2:17 diz: “Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e, com todos vós, me congratulo”, confirmando que segundo seu entendimento, sacrificava-se não no sentido de redenção, mas de serviço que resulta em alegria e louvor.

Sacrifício Vivo
Do Cerimonial para a Vida
O primeiro atributo desse sacrifício é ser “vivo” (zwsan/ zaw) de “Zao” que significa aquele que está entre os vivos, que goza da vida real, verdadeira e eterna, contrariando a idéia de uma linguagem cerimonial de sacrifício segundo a lei, direcionando-nos no sentido de que nosso grande desafio hoje, não consiste em ofertas físicas como no sacerdócio levítico, mas sim em vivermos integralmente, em todas as partes, de acordo com padrão de Deus. Não se trata de cerimônias isoladas da vida, mas de uma vida livre de símbolos e ritos. Esse entendimento nos liberta de uma cultura limitada ao litúrgico, para vivermos com liberdade a responsabilidade (Atos 1.8), uma vida digna da nossa vocação (Efésios 4.1).

Quando Hebreus 10.19 diz: “Tenhamos, pois, irmãos intrepidez para entrar no Santo dos Santos”, dentro de uma linguagem de sombra e realidade, usa-se o termo intrepidez, “parrhesia” que significa “liberdade de linguagem, onde abertamente, sem uso de figuras ou comparações podemos através do novo e vivo caminho Cristo”, entrar e permanecer na presença de Deus Pai. (Hebreus 9:12 Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção).

Portanto, não se trata mais de cerimônias que pela sua ineficácia eram repetidas, mas de um Ato de Redenção e Substituição final que nos eleva definitivamente pela fé a presença de Deus (Hebreus 8 à 10). Isso mostra que nosso sacerdócio não está fundamentado sobre ritos ou cerimônias, mas em vivermos sobre princípios espirituais em nosso homem integral. Dessa maneira, não podemos mais separar o rito da vida. Algumas disciplinas espirituais como a oração, intercessão, jejum, louvor e adoração, funcionam ainda muito ritualisticamente, dentro de um ambiente de culto, porém, na vida cotidiana, em nosso homem integral, continuamos pessoas sem expressão e relevância.

Sacrifício Santo
Uma questão de natureza
Agora devemos procurar nos apresentar igualmente ou integralmente “santos” em todas as partes. (hagios. Algo muito santo e respeitável). Romanos 6.19 diz que assim como anteriormente oferecíamos os nossos membros, “melos” que trás a idéia de corpo, a serviço da impureza e da maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação no sentido de consagração e purificação de coração provada na vida integral.

1 Tessalonicenses 5:23 diz que o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo, usando a palavra “hagiazo”, que significa purifique, depure, limpe, torne brilhante e provado, completando a obra de santificação iniciada em Cristo (Hebreus 10.14), que deve ser revelada na vida e não no rito. Deus deseja santificar-nos em tudo, ou seja, nos tornar completos em todos os aspectos; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados, ou guardados íntegros e irrepreensíveis, sem razão para censura, prontos para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Confirmando essa Sacrificio que promove louvor ao seu nome como um processo contínuo de um trabalhar de Deus em nossas vidas que faz da nossa vida uma expressão viva e digna da sua natureza Santa, Santa e Santa.

Preste atenção no que diz 1 Pedro 1.14: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis (suschematizo) às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”(Levítico 11.44/ 20.7). Pedro usa o mesmo termo de Romanos 12.2, quando fala do não "conformar-se" a mentalidade ou natureza de outro "governo ou influência", chamando-nos a "santidade" segundo, ou seja, a partir da Santidade daquele que nos chamou para essa realidade transformada e transformadora por meio de um processo continuo em que diariamente deixaremos de fazer o que queremos para fazer o que deve ser feito, santificando todo nosso procedimento, modo de vida, postura e comportamento.

A expressão "santidade" não deve promover condenação e culpa, mas despertar o desejo de sermos separados para Ele, exclusivos dele, a expressão da glória e valor devido ao se nome, manifestando o poder do seu Reino em nós e a partir de nós. Talvez ver a santidade não apenas como o não errar mais, mas sim como, nunca mais deixar que nossos erros nos separem Dele, uma vez que pecado limita nossa atuação e traz separação. Esse entendimento nos libertará do falso moralismo e nos permitirá experimentar verdadeiro arrependimento como uma realidade contínua de mudança de mente, uma nova consciência dos valores do Reino que promovem sempre uma nova postura e comportamento. A verdade é que sem santificação ninguém verá o Pai e consequentemente Ele não poderá ser visto em nós.(Hebreus 12.10 e 14).

Sacrifício Agradável
Uma nova mentalidade de culto
Por fim, Paulo fala de nos oferecermos integralmente como sacrifício agradável e aceitável a Deus, definindo esse conceito de “Sacrifício” como o verdadeiro “Culto Racional”. Ao contrário do que nossa idéia pré-concebida sobre culto possa interpretar, esse termo aparece como “latréia”, no sentido de “serviço” a Deus e o termo “Racional” original de “logicos”, significa algo com entendimento ou de acordo com a sua palavra. Portanto estaria falando no sentido cerimonial ou de serviço integral (Sacrificio vivo) com entendimento, segundo a "Palavra"?

O sacrificar está muito relacionado a realidade de obediência (Sacrificio Vivo = Altar) que promove comunhão entre duas partes (Louvor), tornando-se o ponto de partida para uma prostração mediante a revelação dos atributos de Deus (Adoração), pois essa é uma realidade exclusiva para àqueles que tem comunhão com Ele. Essa linguagem sacrifical está diretamente ligada ao princípio do Sacrificio de ouvor, justamente por apontar sempre para “obediência incondicional que tem o poder de estabelecer uma realidade de comunhão”. 1 Samuel 15:22 diz: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros”.

“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? — diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do Senhor o disse”. Isaias 1.11-20

Vemos nessas palavras proféticas a forma como o sacrificar cerimonial não pode ser praticado isolado da vida, pois o sacrifício agradável a Deus não está em oferecermos muitos “cultos” nem mesmo aumentar as orações. O caminho para a aceitação está em tiramos de diante dos seus olhos nossas más obras, em parar de praticar o mal e aprender a fazer o bem, então, seremos purificados, para experimentar o fruto precioso da terra.

Enquanto pensarmos no sacrificar como apenas a manifestação de lábios que confessam, nossos sacrifícios de louvor não nos custarão nada e nossas cerimônias continuarão sendo agradáveis a nós mesmos. Quando mudarmos nossa mentalidade seremos para Deus como aroma agradável. Efésios 5.1 “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”.

2 Coríntios 2.14 (NTLH) Mas dou graças a Deus porque, unidos com Cristo, somos sempre conduzidos por Deus como prisioneiros no desfile de vitória de Cristo. Como um perfume que se espalha por todos os lugares, somos usados por Deus para que Cristo seja conhecido por todas as pessoas.

Os sacrifícios, ofertas ou holocaustos, de animais, cereais ou bebidas entregues como parte do culto segundo a lei, no hebraico ’abad, aparece por exemplo, em Êxodo 20:5 “Não as adorarás, nem lhes darás culto... e quando Moises pede a liberação a Faraó, e em Êxodo 8.1: “Deixa ir o meu povo, para que me sirva (‘abad)”. Em ambos os casos aparecem a mesma palavra, apontando a realidade do culto como serviço em amor e obediência, (Sacrificio confirmando a idéia do “latreia” usada em Romanos 12. Por isso, a proposta de tirar o povo do Egito era para que servissem como uma nação santa e Reino sacerdotal (Êxodo 19.5-6) visando uma realidade de comunhão, influência e transformação, uma prova disso é o estabelecimento do Tabernáculo terreno, onde deveriam oferecer sacrifícios de comunhão para que o Senhor pudesse habitar no meio deles (Êxodo 25.8), como sombra da realidade sacerdotal que vivemos hoje espiritualmente em Cristo.

Romanos 12. nos desafia a rever conceitos de “Culto”, os valores e motivações que hoje nos levam a cultuar apenas dentro de um ambiente cerimonial na expectativa de experimentar algo que nos agrade, e logo nos libere para vivermos nossas vidas. Somos encorajados a procurar, independente de lugar ou circunstancia, oferecer a Deus as nossas vidas para servi-lo em amor, no cumprimento da sua vontade. O que não podemos esquecer é que uma vez tomados de fé para nos lançarmos a essa realidade sacrifical integral estaremos prontos para nos tornar os maiores beneficiários, experimentando a boa, perfeita e agradável vontade se cumprindo plenamente.

Sacrifício de Louvor a Deus.
A medida que somos transformados Ele é louvado
Em Hebreus 13.15 diz “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”. Primeiramente, por meio de Jesus, podemos oferecer não semanalmente, mas continuamente, sacrifícios de louvor, sacrifício oferecido como oferta de gratidão. Lembrando que por meio de Jesus oferecemos a Deus sacrifícios de natureza espiritual (1 Pedro 2.5), sacrifícios não mais cerimoniais, como comidas e bebidas, mas na manifestação de evidências de um atuar contínuo do Espírito em nosso homem interior. Confirmando o princípio de Altar = Sacrificio vivo, santo e agradável = Louvor = Comunhão com Deus = Uma nova expressão de adoração.

Precisamos entender que a medida que nos dispomos a entrar num processo de transformação, o fazemos para confirmamos o propósito de sermos para o seu louvor. Segundo Efésios 1.5-6, fomos predestinados para Ele, como “filhos para o louvor da sua glória”, confirmando o propósito eterno da filiação que promove o louvor do testemunho da sua glória manifesta em nós (Romanos 8.19).

Essa oferta contínua em concordância com a vontade de Deus, que não nega sua natureza e confessa o seu Nome, é provada em resultados práticos. A vida cristã apresentada, como sacrifício vivo, é comprovada por frutos de aprovação na vida cotidiana que glorificam a Deus. Hebreus 13.16 diz: “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz”. Esses são os sacrifícios que agradam a Deus, que o deixam contente, a prática do bem, cooperação mutua, obediência continua. A medida que nos deixamos ser transformados por uma renovação continua de mente nos tornamos um louvor para Deus em todos os lugares em que estamos.

A medida que somos aperfeiçoados na prática do bem, Ele é louvado. João 17.4 deixa bem claro o que isso significa: “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer”. O termo glorificar (do original grego “doxazo”) fala de louvar, exaltar, magnificar, tornar glorioso, tornar o valor do seu Nome manifesto e conhecido através de uma ação prática de obediência visando o cumprimento de propósito. Glorificar seu nome na terra tem a ver com cumprir, executar completamente, levar até o fim o que nos tem sido proposto, acrescentar o que ainda está faltando a fim de tornar-se algo completo. Como Jesus viveu para glorificá-lo e honra-lo, devemos viver todos nós.

Romanos 12.1 diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto (“Latreia” Serviço) racional e não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

O texto de Romanos 12 usa essa mesma linguagem de um culto (serviço) agradável a Deus que nos expõe a um processo contínuo de transformação, “metamorfhoo” que significa mudar de forma, “transfigurar a aparência de Cristo que resplandecia com brilho divino”. Esse termo é bem conhecido por “metamorphosis”, e aponta para um “processo contínuo de transformação” que vem por renovação de mente.

Duas palavras aqui são importantes, primeiro "renovar" que vem de “anakaino” que significa tornar algo novo, numa nova força, vigor dado a alguém mudado para um novo tipo de vida oposto ao estado corrupto anterior. Não podemos esquecer disso, não haverá "transformação" sem um "processo" (sucessão de mudanças que promove uma evolução) de "renovação". Se não temos disposição a nos sujeitar a esse processo pelo qual alcançaremos uma mente renovada nunca veremos transformações relevantes.

Por isso, esse “metaformphosis” vem por um processo contínuo de renovação de mente (“nous”) que inclui as faculdades de perceber e entender bem como a habilidade de sentir (Emoções), julgar (Intelecto), determinar (vontade Própria). Portanto, falar de transformação é falar de não conformidade, de um rompimento com modelos caidos (a influência que ainda atua sobre os filhos da desobediencia Efésios 2) para experimentarmos, reconhecermos como genuíno pelo provar, um modelo eterno (uma nova influência), expresso em sua boa, perfeita e agradável vontade.

Sacrifício de Aroma Suave a Deus
Andar como Filhos da Luz
Efésios 5. que diz: “Tornai-vos, pois, imitadores de Deus, como filhos amados, e andai em amor, assim como Cristo também vos amou e se entregou por nós a Deus como oferta e sacrifício de odor suave. Fornicação e qualquer impureza ou avareza nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos, nem ditos indecentes, picantes ou maliciosos, que não convém, mas antes ações de graças. Pois é bom que saibais que nenhum fornicário ou impuro ou avarento, que é idólatra tem herança no Reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs, porque por essas coisas vem a Ira de Deus sobre aqueles que a ele resistem. Não vos torneis, pois, co-participantes das suas ações. Outrora ereis treva, mas agora sois luz no Senhor: andai como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em toda bondade e justiça e verdade. Procurai discernir o que é agradável ao Senhor e não sejam participantes das obras infrutuosas das trevas, antes denunciai-as, pois o que eles fazem em oculto até o dizê-lo é vergonhoso. Mas tudo o que é condenável é manifesto pela luz, pois é luz tudo o que é manifesto. É por isso que se diz:Ó tu que dormes, desperta e levanta-te de entre os mortos que Cristo te iluminará. Vede, pois, cuidadosamente como andais, não como tolos, mas como sábios, tirando bom proveito do período presente, porque os dias são maus. Por isso, não sejais insensatos, mas procurai conhecer a vontade do Senhor, E não vos embriagueis com o vinho, que é a porta para a devassidão, mas buscai a plenitude do Espírito. Falai uns com os outros com salmos. hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso coração, sempre e por tudo dando graças a Deus, o Pai, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo”.

Esse texto associa um padrão divino a ser imitado usando uma linguagem sacrificial segundo o modelo de Cristo (andai em amor, assim como Cristo também vos amou e se entregou por nós a Deus como oferta e sacrifício de odor suave) com aspectos práticos da vida como "Fornicação e qualquer impureza ou avareza nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos, nem ditos indecentes, picantes ou maliciosos" evidenciando a necessidade de “Ações de graças”. Um padrão que pode ser imitado seguindo o modelo de Cristo = Sacrificio Integral = uma vida pratica = Ações de Graça (Louvor) = Aroma Agradável a Deus.

Andar em amor, é oferecer-se como sacrificio a Deus como Filhos amados num procedimento provado pelos frutos da luz com toda bondade, justiça e verdade. Nos é proposto uma realidade que precede as canções, uma realidade de vida iluminada que consegue reconhecer a ação de Deus em todas as coisas, provando sua confiança em constantes expressões de ações de graças.

Essa prática sacrificial continua e ações de graças como resultado na confiança incondicional, nos proporcionará tirar melhor proveito do período do tempo presente (Vede, pois, cuidadosamente como andais, não como tolos, mas como sábios, tirando bom proveito do período presente, porque os dias são maus. Por isso, não sejais insensatos, mas procurai conhecer a vontade do Senhor), uma leitura dos tempos, clareza de propósitos, imunidade quanto a influência que atua sobre os filhos da desobediência e conhecimento da vontade de Deus.

Sem essa diposição de sacrificio não haverá transformação, poderemos mudar nossa linguagem, falar de reino, sacerdócio de todos os santos , atuarmos em áreas de influência, mas ainda assim, atuando em conformidade a uma mentalidade humana e egoista. Esperamos por homens e mulheres que entendam que sem sacrificio, não alcançaremos a proposta desse "serviço com entendimento segundo a palavra que é Cristo" (Culto Racional). Estamos propondo a possibilidade de aproveitarmos melhor nossos dias para manifestar os feitos do nosso Deus.

Essa dinâmica de louvor como verdadeiro “estilo de vida” nos conecta com Deus, através da oferta da nossas vidas, de uma vida sacrificial que visa evidenciar toda sua bondade, justiça e verdade, avançamos em nosso nível de comunhão, experimentando uma nova expressão de adoração em “espírito e em verdade” (João 4.24). Queremos na continuidade desse assunto tratar mais sobre a progressão dessa dinâmica de sacrifícios de louvor que nos elevam a experiências transformadoras de adoração.

Fraternalmente em Cristo
Anderson Bomfim


SACRIFICO VIVO

Anderson Bomfim

E
Vim meu Senhor, Dar-te Louvor
C#m A E

Pois, Digno És de receber meu Melhor, de receber meu Melhor
Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus,
sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.
Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios,
Deus se compraz. Hebreus 13.15


C#m A9 G#m E (Repetir Sequencia)
Não te darei algo que não me Custe
Não te Darei algo sem Valor...
Não, mas eu to comprarei pelo devido preço, porque não oferecerei ao Senhor,
meu Deus, holocaustos que não me custem nada. 2 Samuel 24:24

C#m A9 G#m E (Repetir Sequencia)
Sacrifício Vivo, Santo e Agradável
Sacrifício Vivo sou...

A E/G# F#m A (Sequencia)
Eu me dou por Inteiro pra Te ter por Completo

Minha vida é o Sacrifício
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Romanos 12.1

A E/G# F#m A
Quero ser agradável a ti como um perfume...
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também
Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. Efésios 5.1-2

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SACRIFICIO VIVO