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:: DIREÇÃO EM DIAS DE MUDANÇAS ::

sexta-feira, 28 de maio de 2010 2 comentários


INTRODUÇÃO
Estamos vivendo dias de mudanças, parece estranho começar um artigo com mais um dos “chavões” mais usados hoje, mas estamos diante de mudanças globais, um novo cenário está se construindo na terra, dias de cumprimento daquilo que já foi dito e de coisas novas sendo iniciadas. Uma realidade de movimentação espiritual e avanço na jornada dos santos.

Estamos diante de mudanças na ordem governamental, política e econômica, tempos de crises que despertam o mundo para o planejamento estratégico que traça processos e operacionaliza as transições necessárias para uma nova ordem mundial. Uma era que não vê as perdas súbitas de controle econômico, guerras de interesses e abalos da terra como o fim, mas como o momento de planejar o futuro, de reorganizar as lideranças mundiais e as comunidades influentes, mobilizar continentes para buscar por uma ordem que traga segurança mundial.

Este mundo tem a ver com uma era, com uma cronologia, com dias que são maus, com ciclos que se iniciam e se encerram. Existem influências que atuam sobre um período específico de tempo, por isso, Segundo 2 Coríntios 4:4, o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Este século fala de um período específico de tempo e parece que estamos em dias em que o epicentro da terra está sendo tocado por Deus, liberando onda sísmicas aos quatro cantos da terra, um tempo de instabilidade e obscuridade, limitando as ações desse deus para que uma porta se abra para a pregação do evangelho da Glória de Cristo com uma palavra diretiva para esse tempo de mudanças.

O preocupante nesse momento é a falta de perspectiva da igreja que está atuando nesse cenário global, falta de visão de longo alcance e leitura pontual e precisa da finalidade desses acontecimentos. Muito tem se falado, por exemplo, sobre os sinais de Mateus 24, porém, pouco tem se falado sobre a finalidade desses sinais. Esses sinais não são o fim, mas o inicio, não falam de um tempo que as coisas se acabaram, mas de um tempo de dores de parto, em que algo novo tem que nascer, tempo em que se levantará uma igreja pregando o evangelho do Reino com poder em toda a terra, levantando o seu testemunho a todas as nações, então virá o fim.

Estamos em dias em que pessoas espalhadas pelo globo carregam uma semente, uma geração em gestação, uma igreja caminhando para dores de parto, uma igreja que pela encarnação da palavra e a colaboração do Espírito de Deus que está atuando sobre a terra, com autoridade chamará a existência uma nova realidade de Deus. Isaías 43:19 diz: “Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo”. Estamos vivendo dias de abalos e destruição, porem, devemos entender que quando algo está se perdendo, Deus já está envolvido na realização de algo novo. Algo novo de Deus está vindo a luz por meio de uma igreja que está na luz, um tempo que estabelecerá um novo modo de vida em lugares inabitáveis e uma fonte de vida em lugares desolados.

O SINAL DE JONAS
Para que essa aplicação não pareça apenas uma opinião pessoal ou uma critica humanista, quero chamar sua atenção para o texto de Mateus 16, um contexto em que Cristo está diante de fariseus e saduceus que colocavam a prova a veracidade de suas palavras.Esses movimentos judaicos mantinham a pratica da lei, porém suas características iam do liberalismo ao racionalismo, e do misticismo ao oportunismo político[1].
Os fariseus eram a influência no Novo Testamento, formados logo após o tempo dos Macabeus, com seu nome derivado do termo “parash” que significa “separar”, tornaram-se puritanos separatistas, se afastavam de más associações e procuram completa obediência a todos os preceitos da lei, valorizando demasiadamente a lei oral e as tradições talmúdicas. Não queremos generalizar esse movimento como algo nocivo, pois por meio deles o povo judeu teve acesso novamente às escrituras. A questão é que tinham fortes tendências a ênfase na justiça própria através de um padrão elevado de comportamento, tendencioso a hipocrisia. Contudo, de todos os movimentos apenas esse prevaleceu, tornando-se a base do judaísmo ortodoxo moderno, seguindo o modelo da moralidade, cerimonialismo e legalismo.

Os saduceus segundo o termo hebraico significa “justo” e segundo a tradição derivam o seu nome dos filhos de Zadoque, um linhagem sacerdotal no tempo do exílio. Menos numerosos, tinham uma influência política e formavam o partido dominante na direção da vida civil do judaísmo, sob o domínio dos Herodes. Era um movimento sacerdotal politizado, racionalista e cético quanto a aspectos místicos. Eram articuladores oportunistas que continuamente se aliavam ao poder dominante, a fim de manter seu poder de influência, alianças que acabaram se tornando um dos principais motivos do fim desse movimento, uma vez que o império aliado atuou posteriormente com hostilidade.

Esses dois grupos testavam a Jesus, pediam um sinal que comprovasse a veracidade da mensagem, queriam que ele provasse se o que estava vivendo era realmente de Deus ou não. Jesus acabava de fazer uma multiplicação miraculosa, porque não fazer mais um sinal? Porque para esses homens Ele mesmo era o sinal, uma vez que diferente do povo, eles eram especialistas na lei e nos profetas, conheciam as escrituras e viviam na expectativa messiânica. Cristo era o sinal, e se naquele momento se preocupasse em provar algo estaria na verdade provando não acreditar em quem era.

Assim como nos dias de hoje, Jesus fala com o movimento religioso da época sobre a capacidade de fazer uma leitura correta dos acontecimentos. Estavam limitados em sua visão, pois sabiam fazer uma leitura natural, quando haveria um bom tempo mas não sabiam discernir os sinais dos tempos. Que diferença existe entre essas duas realidades? Esse termo “bom tempo” vem do original grego “eudia”, diretamente relacionado a palavra “eus” que significa ser afortunado, passar bem e prosperar e a palavra “Zeus” que tem a ver com o pai do socorro, o deus nacional dos gregos que corresponde ao Júpiter romano. Esses movimentos religiosos viam a partir de uma perspectiva caída, faziam cogitações humanas, tinham leitura natural e literal, viviam ocupados com a preparação de uma conquista e expressão de um reino visível. Tanta visão na verdade estava os deixando cegos! Mais uma vez a religião estava sendo influenciada pelo deus desse século que cega com preocupações e exigências da vida, impedindo de ver a glória do evangelho de Cristo que é a imagem de Deus Pai.

Estamos vivendo dias em que o mundo e a religião tentam fazer uma leitura dos acontecimentos na expectativa de ter um “bom tempo”, de saberem o que fazer para passar bem, pagando indulgencias evangelicais pelo “melhor que está por vir”, fazendo uso de uma linguagem de Reino para viver em supostas áreas de influência em busca de benefício próprio. Temos as escrituras, temos a chave do conhecimento, mas não temos acesso a realidade que está diante de nós. Não sabemos discernir os sinais dos tempos, olhar através de uma nova perspectiva para fazer distinção entre os acontecimentos.

Sinais sempre apontam para uma intervenção do “kairos”, do tempo exato e oportuno, não estavam conseguindo ver que o Deus estava fazendo, algo que transcende o curso normal da natureza chamava a atenção deles, algum distinto de tudo o que já tinham visto os perturbava, mas não conseguiam corresponder ao tempo oportuno de viver algo preciso e perfeitamente alinhado com o plano de Deus.

Jesus estava diante de uma geração má e adultera, é interessante desenvolvermos mais a fundo o significado dessas palavras para vê-las mais próximas da nossa realidade do que imaginamos. Uma geração má segundo o original fala de pessoas cheias de tarefas árduas e demoradas, aborrecimentos e cansaço por causa do seu esforço físico, pessoas que estão sob pressão, obscurecidas e padecendo sofrimento por causa dos seu ativismo. Uma geração adultera fala de infidelidade intima, de pessoas que deixaram de crer (emunah | Fé = Fidelidade) e procuraram proteção, proteção e posição no deus deste século que tem seus meios de proporcionar aos filhos da desobediência um “bom tempo”. Infidelidade fala de um povo que deixou de ser um com seu Deus, se desconectou por causa de sua incredulidade e idolatria, buscando algo segundo seus próprios interesses.

O interessante é que a geração má se encaixa perfeitamente no perfil dos fariseus, cheios de tarefas árduas, colocando sobre o povo um peso difícil de carregar (Mateus 23) e a geração adultera tem o perfil dos saduceus que usavam do sacerdócio para fazer articulações políticas em busca de um “bom tempo”, eram infiéis ao legado que estava sobre a casa de Zadoque. O mais impressionante de tudo isso é que a geração má e adultera, os fariseus e saduceus têm muito a ver com o nosso tempo, parece que estão falando sobre nós.

Para esta geração Jesus fala sobre o sinal de Jonas, que nada mais é do que a evidencia de pessoas que estão andando fora do seu propósito, andando por seus próprios caminhos, enfrentando tormentas, afundando barcos que falam de ministérios, entrando em tempos de crise, solidão e obscuridade, uma geração que está entrando em falência existencial, sendo levado ao lugar da rendição. Trata-se de um sinal que tem como objetivo trazer-nos de volta a Deus e ao seu plano em curso. Quando Jonas se rende ao seu chamado entra em conexão com o kairos e determina o tempo, três dias intensos de pregação, pode significar o tempo de mudança radical na condição em que estamos e como funcionamos e quarenta dias para arrependimento, pode falar de dias de preparação para uma nova expressão geracional.

Que esse sinal de Jonas possa nos despertar da alienação deste século e nos trazer de volta ao caminho, que sejamos iluminados para ver cuidadosamente como temos andado e resgatar o tempo “kairos” para nossa realidade e andarmos acima dos dias que são maus (Efésios 5:15.16), vivendo dias de mudanças radicais e preparando um nova geração para uma nova expressão do Reino em nossas cidades, nação e em toda a terra.

A VERDADE RELATIVA AO TEMPO PRESENTE
A partir da visualização simplificada desse quadro geral, talvez a pergunta seja por onde começar esse alinhamento? Primeiramente, em tempos de mudanças paramos o que estamos fazendo, desmontamos tudo que temos organizado, nos movemos para um novo lugar, trata-se de um momento em que o estado e as condições normais das coisas são modificadas. Portanto, mais do que dar respostas, nosso objetivo é despertar uma busca pelo alinhamento dos santos ao plano soberano de Deus em curso, é começar a construir algo a partir desse entendimento, tendo o reino em primeiro lugar.

Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? João 8:31

Após decla­rar que saciaria a sede da humani­dade, ele agora proclama-se como o único capaz de iluminar a mente humana obscurecida pelo pecado. O termo “phos” que Jesus usou para "luz" era bastante conhecido de to­dos os que O ouviam, e significa "bri­lhar, a fim de tornar manifesto". Deus disse: "Haja luz", e houve luz, e ela brilhou[2]. Escribas e fariseus colocavam Jesus a prova tendo como base de sua argumentação a lei de Moisés e a benção do patriarca Abraão, sem entender que estavam diante do cumprimento e da realidade que todas essas palavras apontavam.

Queremos chamar a atenção para um ponto importante diante do desafio de tempos de mudanças. Os fariseus tinham aquilo que Deus disse (passado), o que eles ouviram os trouxe até o momento em que estavam, naquele ponto estavam diante da verdade relativa ao tempo presente, e partir dessa palavra atual teriam condições de avançar para uma nova perspectiva de futuro. O “permanecer na palavra” é a marca de autenticidade de um verdadeiro discípulo, de alguém é “um” com a verdade, é livre para avançar sem embaraços. O termo permanecer “meno”, enfatiza condição de lugar, mas principalmente uma conotação de tempo, no sentido de continuar, de tempo presente.

Um autor chamado Rinaldo Texidor diz: “O que é a verdade? É o último pensamento de Deus, não de ontem, de hoje”. A verdade desmascara e destrói as artimanhas de engano e atraso, para os últimos dias. A verdade tem como pré-requisito a permanência naquilo que Deus está falando agora, na continuidade daquilo que falou, na progressão da revelação bíblica, na complementaridade da direção profética para o tempo presente. Toda a revelação é progressiva e não estancada a um autor, tempo, época, denominação ou qualquer instituição humana. Se permanecer na Palavra, conheço a verdade e sou livre para seguir e finalizar pontualmente segundo seu propósito.

Os fariseus tinha uma palavra, mas o fato de não aceitarem a verdade relativa ao tempo presente, são chamados de “filhos do Diabo”, estavam cativos e impedidos de se conectarem ao que Deus estava fazendo naquele momento, sua verdade não era atual.Estavam fundamentados em algo que Deus disse, mas não aceitavam o que ele estava dizendo, logo não se tornaram parte do que estava fazendo. Tão importante quanto saber o que foi dito, aquilo que nos trouxe até aqui, é ouvir o que o Espírito de Deus está dizendo as igrejas agora, a verdade que nos levará adiante. Essa pode ser uma chave para esses dias de mudanças, ouvir a palavra relativa ao tempo presente.

Um exemplo que gostamos de usar para ajudar os irmãos a entenderem isso que estamos ensinando está em êxodo 17.6. Moisés estava conduzindo uma geração ao seu destino mediante uma palavra, quando chegaram em Refidim, onde contenderam com Moisés e colocaram Deus a prova pelo fato de não haver água. Nesse momento Deus traz uma direção: “Ferirás a rocha e dela sairá água”. Sabemos que essa geração chegou até muito perto do cumprimento do seu chamado, mas por acreditar mais na perspectiva humana dos espias do que na palavra relativa ao tempo presente de ocupar de Deus, voltaram para morrer no deserto enquanto uma nova geração se levantaria.

Quero chamar sua atenção para um fato importante. Segundo o relato de Números 20.8, Moisés estava conduzindo no deserto uma nova geração e seguindo uma ordem cíclica da jornada humana, foram colocados a prova na mesma situação da geração passada, chegaram no deserto de Zim e não havia água. Para muitos eram um momento novo, mas para Moisés um momento muito parecido com o que já havia passado. Nesse momento ele recebe uma direção: “Falai a rocha e ela Dara a sua água”.Porém diante de todo o povo Moisés feriu a rocha duas vezes, as águas saíram, mas nesse momento seu destino foi comprometido: “Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei”.

Ao invés de Moisés se mover sobre a palavra relativa ao tempo presente, transformou uma direção passada em um método atual, bateu duas vezes, insistiu em uma direção que não era mais para aquele tempo. Confiou mais em uma metodologia que já havia funcionado e que até funcionou de novo, mas que não era mais a direção para aquela geração e isso lhe custou ser parte de um cumprimento futuro. Precisamos entender isso, Deus não mudou, mas o tempo sim. Era uma nova geração que precisava ser levada a um novo nível de fé e funcionamento, para diferente da primeira geração, ter fé para finalizar um propósito, atuar sob um novo nível de autoridade.

Estamos sendo exigidos nesse tempo a funcionar não mais sobre direções passadas, que foram publicadas e transformadas em métodos para o tempo presente. Tudo o que já foi dito nos trouxe até onde estamos, agora precisamos parar para ouvir qual a direção que exigirá dessa geração um novo nível de fé e responsabilidade para finalizar. Estamos vivendo uma contagem regressiva, avançando para a edificação de uma igreja, construção de um santuário espiritual de pedras vivas, preparação final de uma noiva perfeita, madura, santa, sem mácula e nem ruga, pronta para seu destino final. Estamos sendo preparados para finalizar e para isso precisamos crescer e entender que a cada geração o nível de exigência é elevado porque estamos mais próximos do padrão do tempo de cumprimento.

Esse entendimento tem a ver com andar na contra mão de uma mentalidade de resultados rápidos, métodos dos dez passos para o sucesso e respostas prontas para solucionar os problemas do homem moderno. Hoje muitos de nós estamos escondidos em Deus, procurando ouvir essa palavra diretiva relativa ao tempo presente, o dia que se chama hoje, uma palavra que seja determinante para levar uma geração ao seu destino em Deus.

Outro exemplo que achamos interessante está em João 4:20 uma mulher Samaritana pergunta a Jesus: Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Jesus responde primeiramente “Creia em mim”, depois diz “a hora vem e já chegou em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em Espírito e em Verdade”. Jesus em nenhum momento afirma que a forma como seus pais adoravam estava errada, não devemos fazer isso, porem, diz “creia em mim”, ela precisava ouvir e crer que estava diante de um novo tempo, que exigiria um novo nível de funcionamento,não deveria mais se preocupar com uma metodologia, com poços, baldes e montanhas, sim com uma essência, em espírito e de acordo com uma nova realidade.

BEM AVENTURADO AQUELE QUE OUVE
Estamos diante de dias em que não podemos apenas ecoar o que ouvimos, reproduzir o que vemos ou adotar modelos prontos. Mas somos encorajados a buscar pela marca de autenticidade daqueles que verdadeiramente são discípulos de Cristo (João 15), darmos muito fruto. Essa fertilidade espiritual vem pela nossa conexão com a palavra viva, “sem mim vocês não podem fazer nada”.

Em Mateus 16 depois do texto do sinal de Jonas, Jesus adverte seus discípulos a respeito do fermento dos fariseus e dos saduceus. Fermento é aplicado àquilo que, mesmo em pequena quantidade, pela sua influência, impregna totalmente algo; seja num bom ou mau sentido, uma metáfora de corrupção intelectual e moral, vista em sua tendência de infectar os outros. Em um dos livros de Bill Johnson, esse fermento é associado com a tendência de acomodar as coisas, de sempre termos uma boa explicação para tudo mas nunca sermos uma resposta efetiva dentro do tempo em que estamos.

Nesse contexto Jesus questiona a seus discipulos:“Quem diz o povo ser o Filho do homem? João Batista, Elias, Jeremias ou algum dos profetas. Diante desse contexto em que muito se falava sobre Ele,faz mais uma pergunta decisiva: E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? Qual é a leitura de vocês? O que estão vendo? Nos identificamos com a religião elitizada que esperava um Messias político de um reino visível ou o povo que vivia a expectativa de Messias místico? Talvez depois de um tempo de silêncio Pedro responde: Tu és o Cristo filho do Deus vivo.

Mediante a resposta Jesus responde: Bem aventurado Simão Barjonas porque não foi carne e sangue que te revelou, mas o Pai que está nos céus. Vivemos dias em que aqueles que não silenciarem sua alma para ouvir o Espírito de Deus com objetivo de alcançar revelação não terão uma voz. Bem aventurado no hebraico é mais do que uma pessoa feliz, é aquele que avança e progride. Pedro estava avançando porque estava ouvindo, por isso é chamado de Simão que significa “Ouvido” original de “shama”palavra usada para ouvir e obedece. Nesses dias quem avançará? Esperamos ver o progresso daqueles que ouvem o Espírito. Simão barjonas, aquele que ouve, o filho de Jonas, uma geração que volta ao propósito de Deus para o tempo presente.

Sobre a pedra da revelação que Cristo, o Filho de Deus vivo, a igreja está sendo edificada, posicionada na terra mediante o uso das chaves do Reino nas regiões celestiais. Percebe como uma igreja que ouve progride dentro do propósito, movimentando os céus e a terra? Porém, no mesmo capítulo, mediante uma direção incoerente a sua expectativa pessoal, o mesmo Pedro fala segundo as cogitações do coração humano e Jesus repreende a Satanás para que não se aproprie de palavras contrarias ao seu destino. Pedro havia se tornado uma pedra de tropeço para o avanço do propósito. São duas realidade radicalmente diferente porém, sensivelmente próximas.

Sabemos que uma profecia edifica, exorta e consola e que seu cumprimento é condicional a pessoa que a recebeu, se não nos movemos mediante o que ouvimos, não alcançamos o que nos foi apontado. A questão é: E quanto às palavras relativas ao destino da Igreja? São condicionais a quem? Por onde temos andando, todos respondem que essas palavras são condicionais a própria igreja. Essa afirmação prova que não temos a revelação de Cristo que é o fundamento, o cabeça, o fundamento e acabamento, o princípio e o fim, tudo está condicionado a ele mesmo. Ele está edificando uma igreja na terra a partir daquele que ouvem e não mais falam a partir de suas próprias idéias. O grande desafio está em nos unir ao que El está fazendo ao invés simplesmente orarmos para que ele abençoe o que estamos fazendo, uma mentalidade que nos impede de avançar e progredir.

Concluindo gostaria de lembrar algo que talvez já tenha escrito em outros artigos, e você com certeza já deve ter ouvido. A profecia para as sete igrejas da Turquia asiática terminam com a mesma palavra: Quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito diz às Igrejas. Dentre todos que estão escutando essas palavras em vários lugares do Brasil, quem tem capacidade de ouvir sua voz considere o que está sendo dito, o sentido do que está sendo falado. Não nos atrasemos mais com as maquinações de Jezabel, doutrina de Balaão, a mentalidade dos Nicolaítas, a prosperidade de Laudicéia, não nos embaracemos por causa das nossas cogitações. Sejamos discipulados pelo Espírito. Olhe a sua volta, procure pelos homens como Davi, homens como Noé, muitos deles estão saindo de cena, estão indo para um lugar em que Deus está trazendo as palavras diretivas para o dia que se chama hoje. Um tempo de ouvir para termos entendimento do que fazer, o tempo de viver um processo gestacional, investir em fundamentos para que não se perca nada do que está por vir

Fraternalmente em Cristo
Anderson Bomfim


[1] TENNEY C. Merril – O novo Testamento. Sua origem e analise
[2] LOCKYER Herbert.  Todas as parábolas da Bíblia. Editora Vida

2 comments »

  • Danielly said:  

    Muito bom esse artigo. A igreja precisa aprender a ouvir a voz de Deus para este tempo e ser obediente.Que esta palavra queime em nossos corações e gere vida!

  • Anônimo said:  

    Queridos irmãos, esta paulavra é muito forte. Quase uma guerra espiritual (kkkkk).
    Mas, quero dizer que, eu vi uma geração se perder nesta palavra, ou na ilusaõ e frustração. Eu também participei deste tempo em que éramos ministrados sobre as alturas; ...o que olhos não viram... é o que Senhor tem..; Vi jovens e jovens com grandes espectativas em viver ou ser aquela mensagem do momento. Mas o tempo passou, passou e a chuva ficou só no som. Então, vi pessoas quetnham o coração desistirem por causa da frustração. Confesso que era uma delas, mas o Senhor teve misericórdia, vi que a decepção era de buscar algo que não era.
    Glória a Deus por esta palavra, ela é esclarecedora.
    O que fazer???
    Eu sei que existe milhares de pessoas e jovens que viram o tempo passar...
    Grande abraço.